GRUPO DE MALUCOS NO ATACAMA: 6º DIA / SALTA

"A VIAGEM COMEÇA AQUI"

20/11/2014

Acordamos as 7hs, carregamos as motos, tomamos o nosso cafezinho matinal, e moto na estrada... só que hoje fortes emoções, nos aguardavam, íamos rodar cerca de 350 km. Saímos em direção a Pumamarca, só que logo na saída de Salta, pegamos uma passeata de sem terras, fechando a pista, conseguimos com um jeitinho passar pelos manifestantes e seguir viagem, mais adiante outra manifestação, a policia fez um desvio, só que o desvio era feito de brita e como eu estava na frente vi a dificuldade de conduzir a moto pelo desvio, consegui avisar a Gláucia pelo interfone, mas o Valmir não teve jeito a moto derrapou e foram os dois, Valmir e Katia para o chão, fora o susto nada de grave aconteceu. Seguimos viagem e nos deparamos com uma formação rochosa maravilhosa, paramos para tirar fotos e apreciar a vista, mais adiante chegamos em Pumamarca uma cidadezinha pequena e conchegante que fica nas encostas da Cerro de las siete colores, lugar lindo, a serra parece uma pintura, as paisagens a cada curva eram uma nova emoção, indescritível, as fotos não dão ideia real daquilo que nós víamos. De repente as montanhas ficaram de uma tonalidade amarelada..., linda, ai começaram aparecer os famosos cactos, (e que cactos), enormes e muito espinhudos, mais uma vez pausa para fotos. Depois de curtir tantas belezas naturais seguimos viagem em direção aos famosos "Caracoles", que nada mais é do que a estrada fazendo curvas e mais curvas circundando as montanhas para chegar ao seu topo, ou seja depois de centenas de curvas chegamos a 4170 mt de altura, onde o ar é rarefeito e começamos a sentir os efeitos da altitude e do frio pois os topos das montanhas no horizonte estavam cobertos de gelo, a famosa folha de coca realmente ajuda quanto a altitude mas qualquer movimento mais rápido que fazemos ou falar demais você já sente a canseira, o jeito é fazer tudo bem, devagar.
Já na parte mais alta e após ver tantas paisagem, lindas e maravilhosas, achei que nada mais me surpreenderia, grande engano quando depois de alguns km surge uma mancha branca entre as montanhas. O que era aquilo?
Aquilo era lindo, e só quando chegamos mais perto é que lembrei das salinas grande, um verdadeiro deserto de sal no meio do deserto, foi de tirar o folego uma das paisagens mais lindas desta viagem, e mais uma vez pausa para fotos.
Mais alguns km e chegamos em Susques, um vilarejo, terrivelmente feio e sujo da poeira do deserto. Fomos até um hotel a 3 km da cidade, e para nossa surpresa estava lotado, - LOTADO?, é lotado, uma mineradora pegou todos os apartamento do hotel para seus funcionários, saímos de lá e fomos para outro hotel mas também estava lotado.
Já era fim de tarde o frio já se fazia presente, mostrando que o noite ia ser brava e nós sem lugar para dormir... Foi ai que a dona do hotel nos procurou e falou que tinha um galpão com umas camas que dava para passar a noite... nós, sem pensar duas vezes,aceitamos a oferta e após tomar um banho quentinho e gostoso ( eu e a Gláucia, porque o Valmir e a Katia tiveram que tomar banho frio porque apagou o aquecedor a gás no meio do banho deles. kkkkk), fomos jantar e depois nos retiramos para nossos aposentos carinhosamente apelidado de LA COCHEIRA. Foi uma noite maravilhosa, imaginem eu dormir do lado da minha esposa e do outra lado a minha moto. Isso não tem preço.

OBS: Cocheira na língua dos argentinos significa garagem.